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Saiba diferenças entre hipertensão emocional, ansiedade e pressão alta
Por Dulina Fernandes
Publicado em 27/08/2025 12:12
Brasil

Foto: Freepik

As emoções podem ter um impacto direto na saúde do coração. A pressão alta, também conhecida como hipertensão arterial, e ansiedade, são duas condições clínicas distintas que, frequentemente, caminham lado a lado e podem afetar significativamente o bem-estar das pessoas.

A coordenadora do curso de Enfermagem, Marcela Figueiredo Martins, explica que a pressão alta é uma doença crônica caracterizada pelo aumento da pressão sanguínea nas artérias, podendo resultar em problemas cardiovasculares graves, como infarto, AVC e insuficiência cardíaca. Nesse contexto, a ansiedade é uma resposta emocional a diversas condições do comportamento humano, incluindo angústia, aflição, incerteza, sensação de perigo e insegurança.

“O que muitos não sabem é que essas duas condições podem estar interligadas. A ansiedade crônica, por exemplo, pode desencadear respostas fisiológicas que afetam diretamente o sistema cardiovascular, temporariamente elevando a pressão arterial. Já a pressão alta pode agravar os sintomas de ansiedade, criando um ciclo contínuo de influência mútua”, alerta.

Segundo a especialista, entre os fatores de risco para hipertensão arterial estão idade avançada, histórico familiar, obesidade, sedentarismo, má alimentação, consumo de álcool e tabaco, estresse crônico, diabetes, dislipidemia, apneia do sono, doenças renais e uso de certos medicamentos.

Já para ansiedade, destacam-se traumas ou eventos estressantes, personalidade suscetível, doenças físicas ou crônicas, uso de substâncias, desequilíbrios químicos no cérebro, histórico de outras doenças mentais, estresse crônico no trabalho ou vida pessoal, fatores socioeconômicos e traços de personalidade específicos.

Principais diferenças

Identificar se a pressão alta e emocional ou causada por outros fatores requer atenção. Segundo Marcela, os sintomas da hipertensão incluem dores de cabeça, tonturas, visão embaçada e palpitações no coração. Já na correlação com a ansiedade, é possível se ter quadros de agitação, sudorese, tremores, irritabilidade e dificuldade em dormir. Porém, em algumas pessoas, a ansiedade intensa pode temporariamente elevar a pressão arterial, tornando difícil identificar a causa raiz.

“Para um diagnóstico adequado de pressão alta e/ou ansiedade, é essencial acompanhamento especializado. Médicos e farmacêuticos são profissionais preparados para ajudar nessa jornada de cuidado, realizando monitoramentos da pressão arterial ao longo do dia, inclusive nos momentos de maior estresse para identificar possíveis ligações emocionais”, alerta a professora.

Exames adicionais, como monitoramento ambulatorial da pressão arterial (MAPA) e testes de estresse, podem avaliar a influência das emoções na pressão arterial. Além disso, a avaliação psicológica pode fornecer insights sobre a relação entre a ansiedade e a pressão alta, conforme recomendação médica.

Marcela aponta ainda que a hipertensão arterial geralmente tem causas multifatoriais, envolvendo combinações de fatores genéticos, comportamentais e ambientais. Além disse, ela aponta que o tratamento deve ser conduzido por um profissional de saúde qualificado, considerando os aspectos clínicos e emocionais, mudanças no estilo de vida, como dieta saudável, exercícios físicos e redução do estresse, são fundamentais e, em casos necessários, medicação pode ser indicada.

“O tratamento adequado dessa pressão alta que está relacionada à ansiedade requer abordagem integrada. Mudanças no estilo de vida, como prática regular de exercícios físicos, alimentação balanceada e controle do estresse, são fundamentais. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) pode auxiliar no controle da ansiedade, promovendo pensamentos e comportamentos adaptativos. Em alguns casos, a medicação também pode ser necessária, seguindo orientações de profissionais de saúde”, recomenda.

Portanto, estresse e ansiedade podem afetar os níveis de pressão arterial de várias maneiras, como ativação do sistema nervoso simpático, contração dos vasos sanguíneos, liberação de hormônios do estresse, retenção de sódio e água, padrões alimentares pouco saudáveis e falta de sono adequado. E ainda, segundo a especialista, controlar o estresse e a ansiedade por meio de técnicas de relaxamento e terapêuticas é importante para prevenir ou controlar a hipertensão.

Marcela explica ainda que a pressão alta não tratada pode levar a graves consequências a longo prazo, como doenças cardiovasculares, danos aos órgãos, insuficiência renal, problemas visuais, cognitivos, complicações na gravidez, vasculares e aumento do risco de morte. “Buscar diagnóstico precoce e tratamento adequado para cada um desses casos é essencial para melhorar a qualidade de vida”.

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