O ministro da Educação, Camilo Santana, defendeu nesta terça-feira (4), durante agenda em Teresina, o apoio do Congresso Nacional para assegurar aumento dos repasses às universidades federais em 2026, incluindo a Universidade Federal do Piauí (UFPI) e também confirmou o novo curso de Medicina, na cidade de Floriano.

O ministro destacou que, apesar dos avanços no orçamento desde 2023, as instituições ainda enfrentam dificuldades financeiras que comprometem o funcionamento pleno e o desenvolvimento de novos cursos. Segundo Camilo Santana, o orçamento das universidades federais passou de R$ 52 bilhões em 2022 para cerca de R$ 60 bilhões neste ano, com um acréscimo de R$ 9 bilhões durante o governo do presidente Lula.

O ministro afirmou, no entanto, que ainda há desafios e lembrou que o Congresso cortou R$ 3 bilhões do orçamento do Ministério da Educação em 2024, sendo R$ 400 milhões das universidades.

“O compromisso do presidente Lula foi repor esse recurso, e nós conseguimos devolver o orçamento que havia sido reduzido”, disse.

O ministro adiantou que o MEC trabalha junto à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e ao Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional (Conif) para apresentar um projeto de lei que garanta sustentabilidade e previsibilidade orçamentária às universidades e institutos federais.

“É preciso fazer esse debate no Congresso e criar um fundo específico para o ensino superior brasileiro, para que os reitores não precisem, ano após ano, negociar recursos para manter as instituições funcionando”, defendeu.

Camilo Santana participou de solenidade na Universidade Federal do Piauí, ao lado da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e do governador Rafael Fonteles. Durante o evento, foi confirmada a implantação do curso de Medicina em Floriano e o termo de intenção para instalação do polo do Impa Tech Nordeste, que terá sede em Teresina.

O ministro afirmou que a nova graduação vai fortalecer a formação médica e o atendimento de saúde no interior do estado. “Esse curso vai dar oportunidade para formar mais médicos, ampliar o atendimento à população e fortalecer o SUS. É um investimento que vai beneficiar diretamente o Piauí”, concluiu.