Foto: Divulgação Semarh

O estado do Piauí tem 80% de probabilidade de registrar temperaturas acima da média e índices de umidade relativa do ar abaixo do recomendado neste B-R-O Bró antecipado. A informação foi divulgada neste sábado (26) pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), com base em modelos de previsão meteorológica.

Segundo os dados, o estado poderá enfrentar temperaturas até 2°C acima da média entre os meses de agosto e outubro, especialmente na região Norte. A projeção é feita pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/INPE) e pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).

Ainda conforme o levantamento, neste mês de julho, o extremo sul do estado já apresentou temperaturas 1,5°C acima do normal. A climatologista Sara Cardoso, da Semarh, explicou que a previsão para os próximos dias é de calor intenso.

"As temperaturas permanecerão acima da média climatológica (histórica) e as umidades relativas mínimas, pontualmente no sudoeste e em parte do centro-norte (microrregião de Campo Maior), podem ficar abaixo dos 15% a partir da segunda quinzena de agosto", afirmou.

A projeção indica que, em setembro, as temperaturas máximas podem atingir 39°C nas regiões centro-norte, sudeste e sudoeste. Já as mínimas podem chegar a 15°C no extremo sul do estado.

Tempo seco e risco de incêndios

O tempo seco e quente aumenta o risco de incêndios. O diretor de Prevenção e Mitigação da Defesa Civil, Werton Costa, destacou que a maioria dos focos tem origem em ações humanas.

"90% dos incêndios registrados são provocados por ação humana. A vegetação perde seu verdor e passa a ser um combustível.  Outro fator que favorece a inflamabilidade e pode potencializar a intensidade de um incêndio ou direcionar as chamas são os ventos. Então, temos aí uma combinação natural. Mas o incêndio ou queimada não é um produto da natureza. Um raio provocar um incêndio é um percentual mínimo, menos de 1%", declarou.

O diretor Werton Costa, alertou ainda que os focos de incêndio já começaram a ocorrer.

"Na maioria dos casos, o fogo é usado como instrumento de limpeza, mas não se justifica fazer isso fora do calendário agrícola. Quem está fazendo essa queima está cometendo um grave crime ambiental", afirmou.

Diante desse cenário, a Defesa Civil, a Semarh e o Corpo de Bombeiros atuam de forma integrada, com ações de monitoramento climático, capacitação de brigadas e distribuição de equipamentos. O objetivo é evitar o aumento de focos e combater os incêndios com rapidez e eficiência.

O comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Arimateia Rêgo, fez um apelo à população.

"A população não deve fazer queimadas, nem atear fogo em lixões ou em terrenos baldios. A prevenção é um esforço conjunto, e cada ação individual faz diferença", concluiu.