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Curso gratuito aborda letramento étnico-racial na saúde; confira
Por Dulina Fernandes
Publicado em 22/07/2025 14:51
Geral

Foto: Freepik

 

No mês em que se celebra o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha (25 de julho), um curso gratuito está sendo disponibilizado e trata sobre letramento étnico-racial como parte do programa Mediversidade. O curso é voltado a estudantes, docentes, colaboradores e profissionais da saúde. Gratuito, online e com 40 horas de carga horária, o conteúdo foi desenvolvido pelo médico Fleury Johnson, especialista em Clínica Médica e fundador do Instituto DIS (Diversidade e Inclusão na Saúde). Os quatro módulos tratam de temas como autoconhecimento, manifestação do racismo na prática clínica, estratégias de enfrentamento e o papel de cada pessoa no processo de transformação institucional. Ao final do curso, os participantes que concluírem todas as atividades propostas receberão certificação de 40 horas, reconhecida para fins acadêmicos e profissionais.

"Acredito que este curso é um passo fundamental para fortalecer a prática profissional com uma formação mais humana, técnica e ética, verdadeiramente comprometida com os nossos desafios enquanto sociedade. Ele contribui para formar profissionais que cuidam de pessoas em todas as suas dimensões, considerando origens, cor de pele, condições socioeconômicas, portadores de deficiência e orientação sexual. Profissionais que reconhecem essa pluralidade são altamente habilitados para prover um cuidado efetivo, baseado na diversidade e no bem-estar. Esse olhar é, sem dúvida, uma marca única, um diferencial na construção de uma medicina mais justa e tecnicamente eficaz", afirma Dr. Fleury Johnson, conteudista do curso de letramento étnico-racial Mediversidade.

No que se refere à construção de um ambiente formativo mais justo, Claudia Romano, ressalta que “o curso de letramento étnico-racial reforça o compromisso da instituição com uma educação médica mais inclusiva. Ele amplia o acesso a conteúdos que estimulam a equidade e contribuem para formar profissionais mais conscientes, empáticos e preparados para atuar em uma sociedade diversa. Democratizar o ensino também significa reconhecer e valorizar as experiências de grupos historicamente minorizados. Iniciativas como essa são fundamentais para transformar realidades e gerar impacto positivo — dentro e fora da sala de aula”.

A ação reforça o compromisso do programa Mediversidade com a formação médica mais inclusiva. Dados de pesquisas nacionais e internacionais apontam que mulheres negras sofrem mais violência obstétrica, têm acesso mais restrito a cuidados especializados e maior subestimação da dor — elementos diretamente relacionados à formação e à atuação dos profissionais de saúde.

Reconhecimento internacional em Cannes

O lançamento do curso ocorre em um momento de grande destaque internacional para o programa. O Mediversidade foi reconhecido no Festival de Cannes, conquistando dois prêmios com iniciativas que integram o projeto: o livro O Corpo Preto voltado ao impacto social e a diversidade. A obra, em paralelo ao curta-metragem Corpo Preto, foi desenvolvida como parte das estratégias de sensibilização e formação sobre racismo estrutural e seus reflexos na prática médica. O reconhecimento internacional veio por meio de um Gran Prix e três ouros e reafirma o protagonismo da iniciativa como referência global na promoção de equidade na saúde.

 

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