Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com
O presidente da Empresa de Águas e Esgotos do Piauí (Agespisa), José Santana, confirmou em entrevista que a empresa já emitiu o aviso prévio para a demissão de cerca de 300 trabalhadores que não aderiram ao Programa de Demissão Voluntária (PDV) do órgão. Entidades sindicais representantes dos trabalhadores protestam contra o desligamento dos profissionais.
No início do último mês de maio, a concessionária Águas do Piauí iniciou a operação para assumir os serviços de distribuição de água e saneamento no estado. Com o fim da operação, a Agespisa será liquidada pelo governo. Com o encerramento da empresa, José Santana se tornará secretário do Trabalho, em uma pasta que será criada pelo governo.
O gestor explicou o estágio atual do processo de liquidação da empresa:
“A gente lançou, por determinação do governador, um plano de desligamento voluntário, no qual, dos 900 e poucos servidores, mais de 600 aderiram a esse plano. Posteriormente, esse prazo foi encerrado e renovado, sendo prorrogado mais uma vez. Atualmente, o trâmite em que se encontra é que a Agespisa está praticamente deixando de exercer todas as atividades, e a cada dia a Águas do Piauí assume mais cidades”, afirmou.
Zé Santana lamentou o cenário e confirmou o envio do aviso prévio aos trabalhadores:
“Automaticamente, com isso, a Agespisa deixa de ter arrecadação e, por consequência, não tem como pagar os salários. A orientação do governo foi que fosse emitido aviso prévio para todos os servidores que não aderiram ao plano de desligamento voluntário. A princípio, o que está sendo direcionado é que haverá, para os que são seletistas, uma demissão normal, respeitando os direitos de todos eles”, finalizou.