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Piauí registra 56 casos de caça ilegal em 2024 e PM intensifica fiscalização ambiental
Por Dulina Fernandes
Publicado em 22/05/2025 17:12
Piaui

O Comando de Policiamento Ambiental (CPA) da Polícia Militar do Piauí informou que tem intensificado as ações de fiscalização e educação ambiental em todo o estado, com foco no combate à caça ilegal. Somente em 2024, foram registradas 56 ocorrências relacionadas a essa prática criminosa, resultando na apreensão de quase 700 itens, entre armas de fogo, facas, armadilhas e outros apetrechos utilizados na atividade ilícita.

Para 2025, uma das metas prioritárias das Companhias Ambientais é ampliar o trabalho de conscientização junto à população, reforçando a importância da preservação da fauna e da flora.

“Em todas as regiões do estado do Piauí a gente tem notícia e tem combatido a caça de animal silvestre. Hoje não é mais aquela caça de subsistência, ou seja, aquela que o caçador ia atrás da caça para saciar a fome, por um estado de necessidade. Hoje a gente encontra caçadores utilizando picapes de luxo, armas de grosso calibre com mira laser e até mesmo drone”, explicou o subcomandante da CPA, tenente-coronel Teixeira da Silva.

O oficial também alertou para os riscos do consumo de carne de animais silvestres. 

“A carne de animal silvestre é comercializada por um valor considerado caro. A gente tem notícias de que tatus são negociados em torno de R$ 300 a R$ 400. Mas essa carne é imprópria para o consumo, não passa pelos padrões sanitários. É crime ambiental, e a lei prevê que alimentar-se ou utilizar-se de qualquer forma da caça de animal silvestre também constitui crime. Então, aquele que consome carne de animal silvestre, além de estar incorrendo em crime, está colocando em risco a própria saúde. Essa pessoa pode ser notificada a prestar esclarecimentos na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente", acrescentou. 

Foto: Polícia Militar 

O comandante do CPA, coronel Marcos Antônio, explicou que os animais silvestres apreendidos são devolvidos à natureza em reservas ambientais ou encaminhados aos Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), mantidos pelo Ibama. Já os responsáveis pela prática ilegal são conduzidos à delegacia, onde é lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) com base na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998).

Nos casos em que são apreendidos cães utilizados para caça, os animais são entregues a um fiel depositário indicado no TCO ou encaminhados a ONGs de proteção animal.

"Esse trabalho é feito pelas Companhias de São Raimundo Nonato, Uruçuí, Parnaíba e aqui na capital, através de parcerias com outros órgãos que também atuam na preservação do meio ambiente. Atuamos no cerrado, no semiárido e no litoral. Esses que são presos por maus-tratos são conduzidos à Central de Flagrantes, onde é lavrado o TCO. Já os animais são levados a locais especializados, como os Cetas do Ibama, que hoje recebem esses animais maltratados", afirmou o coronel Marcos Antônio.

A Polícia Militar reforçou ainda que as Companhias Independentes de Policiamento Ambiental (CIPAs) contam com efetivo qualificado, incluindo biólogos, zoólogos, especialistas em educação ambiental e educadores sociais, o que fortalece o trabalho de fiscalização e conscientização em todo o estado.

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