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Em 2024, 16,8% da população do Piauí recebia rendimentos provenientes de programas sociais do governo, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira (8). Os rendimentos tiveram origem em programas como o Bolsa Família, o Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS), entre outros. Com isso, o Piauí apresenta a maior proporção entre todos os estados do país.

Desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012, a proporção da população que recebia rendimentos de programas sociais era de 12,9%. Durante a pandemia da COVID-19, em 2020, esse número saltou para 21,2%. Nos anos seguintes, houve uma redução, mas, a partir de 2023, a proporção voltou a crescer, atingindo 16,8% em 2024 — um aumento de 3,9 pontos percentuais em relação a 2012.

Após o Piauí, os estados com as maiores proporções de população recebendo rendimentos de programas sociais foram: Bahia (16,6%) e Alagoas (15,7%). Por outro lado, os estados com os menores índices foram: Santa Catarina (2,6%), São Paulo (4,9%) e Paraná (5,1%).

Em relação ao valor médio recebido por meio de programas sociais, o Piauí registrou R$ 785,00 em 2024. Esse valor representa um aumento real de 114,48% em comparação com o rendimento médio de 2012. Apesar desse crescimento expressivo, o valor médio recebido no estado foi o terceiro menor do país, superando apenas os valores registrados nos estados do Maranhão (R$ 762,00) e na Bahia (R$ 774,00).

Além disso, o rendimento habitual médio da população piauiense em todos os trabalhos realizados foi de R$ 2.203,00 em 2024, representando um crescimento real de 34,08% em relação a 2012, quando o valor era de R$ 1.643,00. No entanto, em comparação com os demais estados brasileiros, o rendimento médio do trabalho no Piauí foi o quarto menor do país.