Segundo o coordenador estadual do DNOCS, Assis Rocha, o avanço dos aguapés se deu por conta do regime irregular de chuvas na região.
“O açude Caldeirão é raso, de fácil sangria. E quando ele sangra, esses aguapés escoam pelo roncador do açude. Devido às nossas chuvas esse ano terem sido inconstantes, quando o açude sangrou, não foi suficiente para eliminar todos os aguapés, como ocorre em outros anos”, explicou.
O coordenador destacou que o açude é um dos mais importantes sob monitoramento do DNOCS, pois abriga a Estação de Piscicultura Adhemar Braga. “Lá a gente produz os nossos alevinos para escoamento em todos os açudes do estado do Piauí. Muita gente sobrevive da piscicultura e da pesca naquela região”, disse.
Além dos impactos à atividade econômica, há preocupação com a qualidade da água. “Se essa situação não for resolvida agora, fica um mau cheiro. A água é usada para consumo animal, vegetal e, às vezes, até humano. Tem ainda a situação de turismo ali ao redor. Existe risco de contaminação para os peixes, para os seres humanos não, mas temos que ter esse cuidado e por isso estamos agindo com urgência”, afirmou.
A operação de retirada das plantas deve começar nos próximos dias. Assis Rocha informou que o órgão foi oficiado por servidores da unidade local, pelo deputado Marden Menezes e pela prefeita de Piripiri, Jôve Oliveira, que se colocou à disposição. “Estamos tomando providências em caráter de emergência. A equipe técnica já está no local para avaliar e iniciar a limpeza.”