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Uso excessivo de ivermectina pode provocar surto de sarna humana, dizem pesquisadores de Alagoas
Publicado em 27/11/2021 19:37
Brasil

A hipótese central da pesquisa é que o ácaro causador da sarna, o Sarcoptes, possa ter se desenvolvido resistência à ivermectina

Uma pesquisa científica divulgada nesta sexta-feira (26) relaciona a sarna humana ao uso indiscriminado de ivermectina. O estudo foi feito pelo Núcleo de Estudos em Farmacoterapia (NEF), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). De acordo com os pesquisadores, os resultados deverão ajudar a investigar um surto da doença em Pernambuco. As informações são do Diário do Nordeste.

Ao menos 413 casos foram registrados em Pernambuco até a última quarta-feira (24). As lesões ocorridas na pele provocam coceira. A onda de infecção ainda não tem causa definida e as autoridades de Saúde do estado seguem investigando. 

A hipótese central da pesquisa é que o ácaro causador da sarna, o Sarcoptes, possa ter se desenvolvido resistência à ivermectina. De acordo com os pesquisadores, esse é um quadro preocupante, visto que a doença poderia atingir qualquer população.

IVERMECTINA

Entre as evidências apontadas no estudo, está a de que até a metade do mês de julho, o Brasil teve um aumento de mais de 800% do uso de ivermectina em relação ao ano anterior. Esse medicamento acabou sendo associado, de modo que não se confirmou, ao tratamento da Covid-19 no País. 

Com a pandemia, o consumo do medicamento, que é um antiparasitário, aumentou quase 10 vezes no Brasil. Mesmo com pareceres do Ministério da Saúde e da indústria farmacêutica, somados a evidências científicas, a prescrição e automedicação baseada neste medicamento continuaram a acontecer.

“O uso irracional de medicamentos é um problema de saúde pública, porém, no caso de antibióticos, antiparasitários e antifúngicos, esse problema ganha proporções maiores. Quando utilizamos de forma irracional/incorreta medicamentos, como a ivermectina, corremos o risco de induzir a resistência do parasita ao medicamento que deveria tratar a doença causada por ele”, ressalta a pesquisadora Sabrina Neves, que fez parte da equipe de estudo. 

CONTÁGIO

Os animais não interferem na propagação da escabiose, e a sarna humana se dá somente entre humanos, por contato direto com pessoa ou roupas e outros objetos contaminados.

SINTOMAS

Após a exposição à doença, pode levar até seis semanas para que os sintomas apareçam. O desenvolvimento costuma ser mais rápido em pessoas que já tiveram escabiose antes.

A sarna tende a parecer com espinhas, com aparência de pequenas picadas e inchaços na pele. O principal sintoma da escabiose é a coceira ou prurido, sentido principalmente à noite.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

Ainda conforme a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o diagnóstico é geralmente clínico, a partir das lesões. O médico pode prescrever pomadas, cremes e loções para aplicar diretamente na pele, ou medicamentos orais.

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